“Não parecia que o nosso coração
queimava dentro do peito quando ele nos falava na estrada e nos explicava as
Escrituras?”
Lucas
24.32
Jesus havia ressuscitado;
dois dos seus discípulos estavam indo para uma aldeia chamada Emaús. Embora
eles conhecessem Jesus nos três anos de convívio diário, naquele momento eles
não o reconheceram. Várias são as explicações para este fato: eles não o
reconheceram por que sua aparência já não carregava mais o peso do pecado; o
Senhor já havia feito o pagamento na cruz e seu semblante era diferente; Outra
explicação está no versículo 31 de Lucas 24: “Aí, os olhos deles foram abertos,
e eles reconheceram Jesus.” Enquanto o Espírito Santo não abrir a mente,
ninguém pode entender quem é Jesus. Mesmo caminhando e ouvindo Jesus pela
estrada que levava a Emaús, eles não tinham noção de quem ele era; Outro fato
que chama nossa atenção é sobre o papel das Escrituras Sagradas no nosso
conhecimento sobre Deus e sobre a salvação. À medida que Jesus ia expondo as
profecias antigas e explicando que tudo o que tinha acontecido naqueles dias
estava predito há muito tempo, o coração dos dois ardia. Quando lemos o texto
bíblico estamos entrando em contato com o próprio Deus; Sua Palavra revela quem
Ele é e o que Ele quer de nós; Quanto mais lemos, entendemos, meditamos e
aplicamos a Palavra em nossa vida, mais perto de Deus estamos. O Senhor Jesus
por várias vezes falou sobre a importância da Palavra: “Como vocês estão
errados, não conhecendo nem as Escrituras Sagradas nem o poder de Deus!” Mt
22.29. “Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar
nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor.” Jo 5.39.
Lutero dizia que “Bíblia é única
autoridade que sustenta a Igreja; tire a Bíblia e a igreja desmoronará” Como
crentes reformados que somos precisamos aprender a valorizar a leitura e a
meditação na Palavra. Os dias que vivemos são maus em vários aspectos: a Bíblia
é atacada na sua inspiração infalível e divina pelos liberais e
existencialistas; a Bíblia é mal interpretada por pregadores despreparados e
mal intencionados que manipulam a fé de alguns em beneficio próprio e um
terceiro grupo, que penso ser o que mais nos ameaça: o grupo daqueles que
negligenciam a Palavra, seja por preguiça ou por ter tantos outros afazeres
mundanos que não são ilícitos, mas nos afastam da Palavra. É oportuno lembrar
A.W. Tozer: “qualquer coisa que me afaste
da Bíblia, por mais inofensivo que seja, é meu inimigo.”